Psicologia e amorosidade

Todo anseio, no final das contas é o mesmo - viver uma relação mais amorosa consigo mesmo, com os outros , com o ambiente, com Deus... Podemos nos envergonhar desse anseio porque ele nos expõe à sensação de vulnerabilidade, reproduzindo a sensação de criança quando tem seus desejos contrariados ou suprimidos. Podemos temer esse anseio porque ele contém a possibilidade de decepção. Aprender a amar e aceitar tudo o que há em nós é uma ferramenta primordial e permanente de cura. (Eva Pierrakos)

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Esse é um dos nosso maiores desafios: a autoaceitação. Quando falamos em mudança, renovação íntima sempre pensamos em trocar nossos defeitos pelas qualidades. Mas como fazer isso?

Como psicólogo, tenho notado que muitos desejam a renovação sem pagar o preço de encarar seus fantasmas e medos mais profundos. Um processo de crescimento só acontece quando temos a audácia de aceitar nossas mazelas e nos permitimos vivenciá-las e aceitá-las pelo que são: características distorcidas construídas pela nossa visão limitada da vida. Apenas quando enxergamos e aceitamos isso em nós é que podemos aprofundar na causa das aflições, caso contrário vamos passar anos tentando colocar remendo novos em panos velhos. Quando nos aceitamos do jeito que somos, começamos a desenvolver a verdadeira tolerância e aceitação. Olhar para si mesmo como um projeto inacabado, faz diminuir a arrogância em relação aos defeitos alheios. Para isso cada um de nós pode começar com exercícios diários de autoconhecimento. Escreva num pedaço de papel todas as suas qualidades e defeitos. Escolha um para poder iniciar sua jornada de renovação. Durante uma semana observe como esse defeito se manifesta na sua vida. Investigue cada emoção e sensação a ele associado. Depois reveja sua história de vida e encontre situações semelhantes que trazem a mesma sensação de desconforto e encontre onde o amor foi ferido. Onde você se sentiu ameaçado pela perda desse amor. Cure a ferida pelo exercício do perdão a si mesmo e ao outro. Boa sorte!

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