Tranquilidade da mente

Tente permanecer no estado natural. Isso é mais ou menos como um rio correndo bem forte, em que você não pode ver o leito claramente. Se houvesse algum jeito de parar imediatamente o fluxo de onde a água vem e para onde a água vai, então você poderia manter a água parada, e isso permitiria enxergar o leito bem claramente.  De modo similar, quando você é capaz de fazer a mente parar de perseguir os objetos sensoriais e quando você consegue evitar que sua mente seja totalmente “desligada”, então você irá começar a ver debaixo dessa turbulência dos pensamentos um tipo de calma subjacente, uma claridade subjacente na mente.
[...] No estágio inicial, quando você começa a vivenciar o estado natural da consciência, será na forma de algum tipo de vazio ou ausência. Isso porque estamos tão habituados a compreender nossa mente em termos de objetos externos que tendemos a olhar o mundo através de nossos conceitos, imagens e tudo mais.

Então quando você retira a mente dos objetos externos, é quase como se você não conseguisse reconhecer sua mente. Há um tipo de ausência, um tipo de vazio. Contudo, assim que você lentamente progredir e se acostumar a isso, irá começar a ver uma claridade subjacente, um tipo de luminosidade. Aí é quando você começa a apreciar e compreender o estado natural da mente. [Embora essa não seja uma experiência meditativa muito profunda, ela é a base da tranquilidade da mente.]


Dalai Lama (Tibete, 1935 ~)

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